Estivemos à conversa com a Dra. Carla Conceição, médica que realizou a última Ressonância e Tac do Dinis, e o assunto discutido foram algumas dúvidas relativas com Ressonância Magnética do Dinis que indica haverem vastas lesões que pioraram tendo agora uma dimensão maior, isto em comparação com exames anteriores datados de Fevereiro de 2010, aquando da realização da última RM e TAC.
Este assunto vai ser abordado novamente na próxima reunião com o Dr. José Pedro Vieira dia 05/11/2010 no Hospital Dona Estefânia.
A Dra. Carla Conceição explicou por miúdos que as imagens mostram várias zonas em que houve um acentuado crescimentos de lesões e noutras áreas surgiram novas lesões até agora desconhecidas. Uma das zonas onde houve um vasto e significativo crescimento ao nível das lesões/calcificações foi no tronco cerebral que dito por palavras simples, é uma zona que funciona como um túnel de passagem de informação entre o cérebro e a medula e que funciona como zona de passagem das fibras motoras e oculares. Daqui é enviada a informação desde o cérebro à medula, informação essa relacionada com as funções sensitivas e fibroses relacionadas com a acção / braços, mãos, pernas. Está descrito que esta patologia, embora tenha um quadro muito negativo em termos de imagem, nem sempre clinicamente é manifestado no paciente, ou seja, na prática, embora as imagens tenham piorado, o Dinis até registou algumas evoluções, o que nos dá um forte indicativo para continuarmos a investir fortemente na continuidade do plano de intervenção fitoterapêutico até aqui praticado diariamente. Existe assim o que chamamos de desproporção entre as imagens e a sintomatologia do Dinis o que leva a acreditar que o Dinis aparentemente não tem nada e que no fundo nada poderia ser pior em termos de imagem. O Dr. José Pedro Vieira, em tempos, utilizou uma expressão muito caricata para explicar a ausência de racionalismo para o caso do Dinis em especial: “É como se de repente fosse possível um carro na estrada a circular normalmente sem um motor e sem as peças mais essenciais a esse funcionamento” o que clinicamente se torna inexplicável o facto do Dinis evoluir e alcançar novas aquisições mesmo com as lesões que ele tem acrescidas daquelas que ainda podem surgir…. Está em discussão a iminente introdução de corticóides na vida do Dinis tudo com um único objectivo – travar ou diminuir a probabilidade de alterações inflamatórias que causam edemas e por consequência as lesões cerebrais sob calcificações e quistos.
Esta questão será para ser decidida em breve, apenas está pendente do parecer dos médicos que estão em colaboração com o Dr. José Pedro Vieira a estudar geneticamente o Dinis, Dr. Yanick Crow (Reino Unido) e Dra. Tarja (Helsínquia), ainda com o auxilio de uma médica especialista e de mérito reconhecido mundialmente especialista em imagiologia a Dra. Marjo Van Der Knap (Alemanha).
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